Companheiros
e companheiras, segue abaixo informe produzido pela companheira Amelia Fernandes Costa, dirigente da FNU, do Sindicato dos Urbanitários de Alagoas e Presidente da CUT Estadual de Alagoas.
Saudações
Edson Aparecido da Silva
Coordenador da Frente Nacional pelo Saneamento Ambiental
Durante a reunião do Comitê Técnico de Saneamento da 10ª
Reunião do CONCIDADES, já no final, a representante da ABCOM – Associação
Brasileira de Concessionárias Privadas de Serviços de Água e Esgoto, Ana Lia,
numa postura de revanchismo fez uma apresentação, colocando os
indicadores negativos da CASAL, (empresa e saneamento de Alagoas) e expondo a empresa como uma das piores empresas públicas
em termos de gestão. A tentativa foi de desqualificar a nossa denúncia sobre a
PPP de Arapiraca e indiretamente me
desqualificar e responsabilizar os trabalhadores/as através de abordagens tais
quais:
- A CASAL tem os piores indicadores em todas as áreas como
mostram os gráficos, tanto no que se refere aos serviços de abastecimento de
água quanto de esgoto que é zero.
- Me Abordou questionando qual era a minha função na empresa
e deu exemplo dos indicadores na área administrativa e comercial e questionou
que compromisso social era esse.
- Mencionou que era natural que os sindicalistas quisessem defender
os seus empregos.
Entre outras provocações.
O Secretário de Saneamento me concedeu direito de resposta
que provocou um outro debate a cerca do
tema.
Na minha intervenção:
- Agradeci a Ana Lia pela socialização dos dados, importantes
para debatermos a realidade dos interesses políticos e econômicos dentro do
setor de saneamento;
- Questionei a sua postura irônica e agressiva, a qual me
surpreendeu. Não a conhecia com aquele perfil, inclusive de apelar para
desqualificação pessoal.
- Estávamos naquele fórum fazendo um debate político
construindo políticas de promoção para a qualidade de vida das populações e pra
isso era necessário o respeito às diversidades nas posições políticas.
- Que ela precisava acompanhar a dinâmica e conhecer os
princípios do Movimento Sindical Cutista que luta por cidadania e não só pelas
questões coorporativas, defende a classe trabalhadora e luta por uma sociedade
melhor e mais justa e por qualidade de vida.
- Defendemos os nossos empregos sim, como os empregos de
todos os trabalhadores e trabalhadoras e a valorização da classe. Um exemplo de
compromisso com a classe trabalhadora era que o Sindicato dos Urbantários
representa e defende os trabalhadores e trabalhadoras da CAB, mesmo sendo uma
empresa da PPP.
É um equívoco ela se posicionar como se estivéssemos numa
relação de inimigos. Não somos contra o setor privado, mas entendemos que o
privado deve ter o seu papel definido na organização da sociedade. Não
concordamos com a PPP em setores estratégicos e essencial à vida como o setor
de abastecimento de água porque a empresa privada não se interessará em cumprir
uma função social e investir nas periferias que abriga as comunidades mais
carentes, sem retorno financeiro. Os fatos mostram essa realidade.
- É verdade que os indicadores da CASAL não são bons,
consequência do descaso de um governo privatista do PSDB que há quase 8 anos está no comando do estado e nunca
investiu nem um real na empresa de
saneamento, apesar de ser o acionista majoritário. Nem tem o interesse de
fortalecer a CASAL como empresa pública, e sim comprometer a sua sobrevivência
quando se obriga a repassar 3 milhões de reais mensais para a CAB, através de
um contrato imoral.
- Fruto de um projeto político neo-liberal, de estado
mínimo, que usa como estratégia sucatear
as empresas públicas para justificar a necessidade de privatização, estratégia
reproduzida pela companheira na sua intervenção.
- A CASAL sobrevive com recursos próprios, e com o esforço de
trabalhadores e trabalhadoras que precisam sim ser valorizados/as. Depois que a
CAB chegou no agreste de Alagoas a gestão piorou. É só fazer uma pesquisa com a
população. Se com a CASAL estava ruim com o privado está pior. Nunca se teve
tanto investimento do Governo Federal na área de saneamento, mas o projeto
privatista faz a opção de repassar para as empresas privadas esse papel
inclusive utilizando recursos públicos.
Rogério da FNU – Fez intervenção em seguida mostrando a
realidade no país e colocando a posição da FNU contrária a privatização do
Saneamento.
Outra falas deram conta de questionar porque que ela não
trouxe os indicadores do Amazonas, onde a gestão é privada. E é a pior gestão
de saneamento do país. Que a má gestão das empresas não deve ser imputadas aos
trabalhadores/as;
Que os reais indicadores estão no contato direto com as comunidades;
Entre outras.
CONCLUINDO: ANA LIA da ABCOM, não se posicionou
mais. Só fez Levantou a bola para todos e todas chutarem!
A LUTA CONTINUA!
Nenhum comentário:
Postar um comentário